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Sufixos Agentivos e Distinção de Gênero no Qenya Lexicon

Oops! Como passei a última semana instalando e configurando o Ubuntu no meu computador, meus e-mail acabaram ficando em segundo plano enquanto me acostumo com o novo sistema.

Portanto, com uma semana de atraso, noticio a vocês que o Thorsten Renk (para quem ainda não sabe, o escritor do Curso de Sindarin), escreveu um novo artigo, cujo nome é: Sufixos Agentivos e Distinção de Gênero no Qenya Lexicon.

“Poxa, Qenya de novo, Slicer?!” Pois saiba que o Qenya é uma porção ainda considerável do nosso vocabulário para composições em Quenya, principalmente no que diz respeito à botânica. Faça uma procura nas listas do Helge por “LR1”, “LR2” ou “PE” e você notará que existe uma quantidade considerável de palavras do Qenya que ainda são consideradas alternativas válidas devido à falta de formas mais recentes.

O Thorsten ilustra isto melhor do que eu:

Enquanto estudar o Qenya primordial de Tolkien é compensador por si só, as descobertas tem implicações para qualquer um tentando criar um vocabulário maior para composições em Neo-Quenya através da junção de material do Q[enya] L[exicon]. Já que o esquema para derivação de palavras não é o mesmo, pegar cegamente palavras do Qenya, como por exemplo em http://en.wikibooks.org/wiki/Quenya (e algumas outras fontes) introduz elementos na língua que estão claramente ausentes até mesmo nas Etimologias e, portanto, não se pode de maneira cabível dizer que são próximas ao Quenya do SdA (que parece ser o ideal para a maior parte dos escritores do Neo-Quenya).

Por conta disso eu sugiro a leitura a todos os estudantes do Quenya que já tenham terminado o Curso. Espero que isto também apareça algum dia traduzido na Ardalambion. *hint hint* :p

Os “dedos ágeis” de Koivie-neni.

Na mensagem 996 da lista Lambengolmor, o primeiro editor do Vinyar Tengwar, Helios de Rosario Martinez, analisou uma interessante frase de Tolkien no Qenya Lexicon (QL) de 1917. A frase em questão é i·rendi tapatenda (QL:89), cujo significado é simplesmente “ladrões”.

Helios nota que tapatenda literalmente significa “dedos ágeis”. Com relação a i·rendi, o primeiro elemento é obviamente o artigo definido, mas ele não se decide se o pl. rendi vem de um possível subst. *rendë ou de um adj. renda, mas é certo de que o significado é “povo, família, clã”.

“A família de dedos ágeis?” É uma maneira interessante de chamar os ladrões. Na mensagem 997 Harm J. Schelhaas nota que em holandês os ladrões, como um grupo ou uma “(sub)classe da humanidade”, são referidos como het dievengilde, o que significa “a guilda dos ladrões”. Portanto, não seria estranho que no Qenya do jovem Tolkien uma formação dessas fizesse parte do vocabulário élfico.