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Resumo do Curso de Quenya: Lição 18

Pronomes Independentes

No Quenya, os pronomes podem aparecer como palavras independentes, além das desinências já vistas. Uma lista completa das desinências e das suas respectivas formas independentes pode ser encontrada neste link.

É importante lembrar ao aluno que esses pronomes independentes podem receber desinências casuais. Por exemplo: ni “eu” + -n (dativo) = nin para mim.

Verbos Impessoais

É melhor citar completo do sumário do livro (p. 323):

Alguns verbos do quenya são impessoais, não exigindo sujeito, mas quando alguém é, no entanto, afetado pela ação verbal, esse alguém pode ser mencionado como uma forma dativa: ora nin = “[isto] impele para mim” = “sinto-me instigado [a fazer algo]”.

E a explicação (p. 314):

Sentir-se instigado a fazer algo não é um “ato” deliberado realizado por um sujeito; esse sentimento, ao invés disso, afeta a pessoa envolvida, e em quenya isso é indicado apropriadamente pelo caso dativo.

Caso não tenha ficado claro o suficiente, por favor deixem um comentário.

Verbos Radicais U

Temos certeza de que o particípio ativo (presente) é formado adicionando -la e alongando a vogal raiz, se isto for possível. Talvez o pretérito seja formado com -në.

Os vários usos de

Por enquanto usem “sim” (VT49:28) e “não” (VT42:33, VT49:15).

Estou tentando negociar com o Carl Hostetter a Tolkien Estate (o Hostetter e o Bill Welden já me deram a permissão da parte deles) se poderei obter permissão para uma tradução do artigo Negação em Quenya, publicado no jornal Vinyar Tengwar nº 42, pp. 32–4. Basicamente, o autor Helge Fauskanger pegou várias partes daquele artigo como informação para fazer esta parte da lição (inclusive a comparação A ná kalima lá B), então tendo uma visão mais completa do material será possível que vocês mesmos decidam o que usarão ou não.

A esta altura do curso, é importante já começar a ler o material lingüístico tolkieniano de forma crítica. Em 1959 (ou seja, pós-SdA), era “sim”. Só por volta de 1970 (aproximadamente 10 anos!) Tolkien se decidiu utilizar para “não”, apenas porque ele não gostava da similaridade do û das línguas élficas com o û das línguas européias (citando o grego e o nórdico como exemplos).

Agora deixem-me perguntar uma coisa meus amigos: Tolkien também teve a idéia de “limpar a ficha” da Galadriel, isentando-a de toda culpa e de participação na Fuga dos Noldor, inventando uma história sem pé nem cabeça de ela sair com Celeborn de Aman antes do Fatricídio (no Contos Inacabados). Isto foi por volta de 1970 também, mas ninguém considera essa idéia como canônica, apesar de ser a mais recente escrita por Tolkien. A pergunta é: por que “não” deveria ser canônico também, seguindo o mesmo raciocínio? Não seria “sim” o significado mais plausível, quando comparados os motivos para a atribuição desse significado à palavra em 1959?

Vocês saberão se eu puder traduzir o texto.

Atualização no Parma Tyelpelassiva (13/08/2007)

Mais uma atualização no site do estudioso alemão Thorsten Renk, o Parma Tyelpelassiva (Quenya, Livro das Folhas Prateadas), anunciada na E:34300:

  • Construções Impessoais em Élfico — diz Thorsten que era um dos primeiros artigos que escreveu para o site, e que por isso “não era muito bom”. Ele continua dizendo que o artigo agora “foi reescrito da maneira que eu acho que deveria ter sido escrito, incluindo exemplos do Qenya inicial e do Goldogrin e algumas formas relevantes novas do VT49“.
  • Pequeno Índice de Frases em Q(u)enya — talvez a atualização mais importante, em minha opinião. Como o próprio Thorsten diz, a motivação para fazer tal índice é que várias frases em Quenya passam desapercebidas pelo leitor dos jornais VT e PE. Entre frases célebres estão órenya quete nin “meu coração me diz”, yeo / yello / ion / illon camnelyes “do que/de quem você recebeu”, etc.
  • 52 maneiras de dizer “eu te amo” em Quenya — ah, se esta não se tornar a página mais visitada do site dele, eu não me chamo Slicer! (Ei, espere, este não é mesmo meu nome…)