No site Elendilion, foi divulgado há um mês atrás (desculpe pelo atraso) uma análise preliminar dos diálogos do filme O Hobbit: A Desolação de Smaug. Disse o analista, Gabor Lorinczi, que há muita incerteza nas traduções para este filme, comparado com Uma Jornada Inesperada.
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Datas dos Próximos Filmes
A quem interessar: A Desolação de Smaug sairá no dia 13 de dezembro de 2013; Lá e de Volta Outra Vez sairá em 17 de dezembro de 2014. Essa segunda data é para os Estados Unidos e pode não ser a mesma para o Brasil. Mais dois anos vendo o Radagast fumar um Velho Toby maneiro em dezembro e falando Quenya para curar porco-espinho.
Análise dos diálogos de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Essa notícia já está cheirando a podre, de tão velha, mas o site polonês Elendilion divulgou a análise completa dos diálogos em Sindarin de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada. A análise foi feita por Cerebrum, linguista húngaro do site Parf-en-Ereglas.
Neste momento eu não irei traduzir, pois estou esperando aprovação dos autores. Há também uma análise das outras línguas utilizadas no filme que eu pretendo traduzir, se me for dada permissão.
Línguas tolkienianas em “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”
Após assistir o filme na pré-estréia do dia 13, gostaria de dividir alguns comentários sobre as línguas. Percebi a presença de cinco línguas durante o filme: órquico, Sindarin, Quenya, Khuzdul e Iglishmêk.
O iglishmêk é uma linguagem de sinais, efetivamente a versão anã do LIBRAS e outras línguas parecidas para surdos e mudos. Eu percebi que Bifur, o anão com um machado cravado na testa, utiliza uma linguagem de sinais para falar com Gandalf, enquanto estão em Bolsão. Creio que possa ser o iglishmêk, mas não tenho certeza. De qualquer forma, não conhecemos nenhum gesto do iglishmêk, então não é possível analisá-lo.
O Khuzdul eu só escutei durante a batalha no portão leste de Moria, quando Thorin comandou a carga após derrotar Azog. No futuro, será analisável.
O Quenya foi usado em um encantamento feito por Radagast, para curar um porco-espinho. Really. Eu não recordo em qualquer outro momento, inclusive na hora em que Gandalf cura Thorin no fim do filme, em que o Quenya seja utilizado. Isso é condizente com os livros, onde Gandalf utiliza encantamentos em Sindarin (como naur an edraith ammen! para criar fogo). Nos filmes d’O Senhor dos Anéis, Gandalf utilizava Sindarin também para os encantamentos, enquanto Saruman utilizava Quenya.
Como Quenya já é mais minha área, posso dizer que não encontrei problemas com a pronúncia, mas admito que é meio difícil, já que Radagast balbuceava Quenya, em transe, ao invés de realmente utilizar a língua de maneira mais eloquente.
O Sindarin foi utilizado por Gandalf, Elrond, Galadriel e Lindir, cada um com um certo nível de aptidão. Existem pronúncias comuns que estavam erradas, como Dol Guldur, onde a segunda palavra era pronunciada como oxítona. Tanto no Sindarin quanto no Quenya, palavras com mais de uma sílaba nunca serão oxítonas, mesmo quando houver uma vogal “acentuada” (como Palantír). O Hugo Weaving continua sendo o melhor falante de Sindarin do elenco.
Tolkien nunca desenvolveu uma língua órquica completa, então presumo que David Salo (que já havia criado os diálogos em línguas tolkienianas para os filmes d’O Senhor dos Anéis) criou a língua órquica seguindo o estilo que o Professor imaginou para elas. Mesmo que seja uma invenção do David Salo, foi talvez a melhor aplicação das línguas de Tolkien, pela liberdade que deu aos atores que interpretaram aos orcs.