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Resumo do Curso de Quenya: Lição 13

O Caso Dativo

Indica o objeto indireto de uma frase. O objeto indireto é um “objeto indiretamente afetado pela ação verbal da frase” (p. 215). No português as seguintes preposições são utilizadas para simular a função do dativo:

  • para o / para a;
  • ao / à.

Em “o homem deu ao menino o livro” e “o homem deu o livro ao menino”, o objeto indireto fica claro como sendo o menino (o “ao” precedendo a palavra “menino” é um bom indicativo).

O dativo no Quenya é formado a partir das seguintes desinências:

  • -n no singular (Elda » Eldan)
  • -in no plural (Eldar » Eldain)
  • -nt no dual (Eldat » Eldant)

Como no possessivo-adjetivo, quando a desinência plural alongar a vogal final e houver uma vogal longa a prescedendo (ex: tári), não alonga-se o -i- (ex.: tarin).

Nos exercícios do curso, o plural dual não é abordado, portanto vou dar minha opinião: o que Tolkien escreve tem precedência sobre outras teorias, portanto o plural dual em -u também deve ter o dativo dual em -nt: Aldu » Aldunt.

Na p. 218 o uso do dativo é explicado em posições não tão óbvias: em frases sem um objeto direto, em frases com sujeito oculto ou expressões que não têm verbo. É muito importante para a compreensão desse caso.

Para unir um dativo a um substantivo que termine em consoante, utiliza-se -e-: atar » ataren.

O Gerúndio

Antes de tudo, entenda bem a função do gerúndio no Quenya! E o que isso significa? Que até onde sabemos, ele emula o gerúndio do inglês completamente. É importante ler toda essa parte da lição para realmente compreender todas as funções, mas em miúdos, o gerúndio pode assumir duas funções:

  1. infinitivo;
  2. substantivo.

Infinitivo: O Quenya possui um infinitivo, mas no inglês o gerúndio também pode assumir essa função quando a ação do verbo é mais “próativa”. Ex.: “eu adoro observar os pássaros” pode ser em inglês tanto “I love to observe the birds” (no inf.) quanto “I love observing the birds” (no ger.). No Quenya, a frase pode ser melin tirë i aiwi, mas também pode ser melin tirië i aiwi.

Substantivo: O gerúndio também pode ser utilizado como um substantivo verbal, sobre os quais falamos na última lição. No Juramento de Cirion, Tolkien deixa explícito que a palavra enyalië é o gerúndio do verbo enyal- “lembrar (ing. “recall”)”, mas possui sentido de substantivo, “lembrança”. De fato, essa palavra recebe uma desinência casual dativa, que nenhum verbo pode receber, exceto o gerúndio utilizado nesta função.

Quanto à formação do gerúndio, os verbos são conjugados da seguinte forma:

  • Verbos Primários adicionam a desinência -ië: hir- » hirië
  • Radicais A suplantam o -a final com -ië: naina- » nainië
  • Radicais A em -ya substituem o mesmo por inteiro: harya- » harië

O Pronome “Nós”

No Quenya, existem três desinências pronominais distintas para o que no português é expressado pela palavra “nós”:

  • -lvë: Quando o “nós” inclui o(s) indivíduo(s) ao(s) qual(is) se dirige(m) o(s) autor(es) da frase. Ex: Frodo diz a Sam e Pippin “Nós (todos) escapamos dos Cavaleiros Negros.” Nota: O Vinyar Tengwar 49 lista -lwë como uma variante válida.
  • -lmë: Quando o “nós” exclui o(s) indivíduo(s) ao(s) qual(is) se dirige(m) os autores da frase. Ex.: Os soldados de Gondor falam a Frodo e Sam “Nós (os soldados) louvaremos vocês (os objetos da frase).”
  • -mmë: Enquanto as desinências acima requerem no mínimo três indivíduos (dois de um lado e um do outro em -lvë, dois de um lado e um excluído em -lmë), esta desinência requer apenas duas, ou seja, é a desinência dual. Contudo, por não se saber se é dual inclusiva, exclusiva ou ambas, o Helge não a utiliza nos exercícios. Nota: O VT49 não lista essa desinência.

Um Pronome Indefinido

A palavra quen significa “alguém” e pode receber desinências casuais. O Vinyar Tengwar 49 traz nas páginas 19, 20 e 26 a palavra mo para “alguém”.

Resumo do Curso de Quenya: Lição 10

Advérbios

Existem alguns advérbios “básicos” no Quenya: aqua “completamente”, “agora”, amba “para cima”, háya (ou talvez haiya) “longe”, oi “sempre” e outros.

A maioria dos advérbios do Quenya são criados ao adicionar a desinência -vë a um adjetivo:

  • Adjetivos que terminam em -a apenas adicionam -vë;
  • Adjetivos que terminam em e -in são uma incógnita e não são abordados nos exercícios (até onde eu verifiquei), mas as possibilidades são abordadas nas pág. 167-8.

Desinências pronominais -ntë e -t

-ntë é a desinência pronominal da 3ª pessoa do plural (“eles/elas”) e -t é a versão curta dele e também é utilizado quando o pronome é o objeto: pustanentet “eles os pararam”.

O VT49 de julho de 2007 trouxe a tona uma tabela de pronomes que transforma -ltë na desinência pronominal para a 3ª.p.pl. Segundo CI:498, -ntë é a desinência para “quando não se menciona o sujeito previamente”. -t tornou-se a forma curta tanto da 2ª.p.sg. familiar (-tyë) quanto da 3ª.p. do dual (-stë/-ttë). Não há forma curta para a 3ª.p.pl., mas há uma forma independente, .

Estas informações fazem com que os exercícios envolvendo estas desinências tornem-se obsoletos no curso impresso.

Infinitivos com pronomes oblíquos

Quando se adiciona uma desinência a um verbo no infinitivo, e este verbo é primário, utiliza-se o infixo -ita- ao invés de simplesmente -e (ou -i): carë “fazer” ? caritas “fazê-lo”.

Já os Radicais A são uma incógnita, portanto não são abordados nos exercícios. As páginas 173-4 abordam o assunto.

Pretérito de verbos intransitivos em -ya

De maneira rápida, verbos intransitivos que terminam em -ya parecem perder esse -ya ao formar o pretérito. Exemplos:

  • farya- ? farnë
  • vanya- ? vannë
  • lelya- ? lendë (< antigo led-në)
  • ulya- ? ullë

Note que os verbos transitivos em -ya não seguem esse padrão! Cheque antes se um verbo é ou não intransitivo para não cometer enganos!

Em VT49:45 temos o verbo intransitivo verya- “casar”, cujo pret. é #veryanë, mandando nossa teoria para o espaço.

Particípios Passivos (Passados)

Verbos Radicais A formam os particípios passivos adicionando a desinência -ina à raiz: hasta- ? hastaina.

Verbos primários terminados em oclusivas (t, p, c) alongam a vogal raiz e adicionam -ina: rácina, nótina.

Os terminados em -r formam em -rna e não alongam a vogal raiz, por causa do encontro consonantal: Merna “procurado”.

Os em -m, -n e -l são incógnitas. Sugiro a leitura cuidadosa das páginas 181-2 para que você tire suas próprias conclusões.

Por fim, o Helge pressupõe que os particípios passivos (ao contrário dos ativos) concordam sim em número. Ou seja, para o plural, -a vira .

Resumo do Curso de Quenya: Lição 8

Tempo Perfeito

Leia os dois primeiros parágrafos da lição e a nota de rodapé do tradutor, pois são importantes para a compreensão do tempo perfeito.

  • Verbos primários: adiciona-se a vogal raiz como prefixo, alonga-se a vogal raiz e adiciona-se -ië ao fim da raiz: tul- “vir” ? utúlië
  • Radicais A perdem o -a final, que é substituído por -ië e seguem o mesmo procedimento dos verbos primários, exceto que:
    • Radicais A em -ya parecem perdê-lo por completo: hanya- “entender” ? ahánië
    • Os que possuem encontros consonantais após a vogal raiz não alongam a mesma: lanta- “cair” ? alantië, e não **alántië
    • Os que começam em vogais são uma incógnita, por isso não são abordados nos exercícios do Curso.

Sabemos que isto não é inteiramente correto agora. menta- ? emenie (PE17:93), fanta- ? afanie (PE17:180) e outros exemplos trazidos no fim de agosto de 2007 pelo Parma Eldalamberon 17 tornará necessária a criação de um novo paradigma. Leia meu artigo PE17: Tempo Perfeito do Quenya e pequenas frases para mais informações sobre as novas evidências.

Pronomes Pessoais

As páginas 146-7 explicam o que exatamente são os pronomes. Caso você não saiba, leia com cuidado. Esta lição trata dos pronomes -n(yë) “eu”, -l(yë) “tu” e -s “ele/ela/isso”, sendo o último tratado apenas na posição de objeto.

No Quenya, os pronomes pessoais são geralmente desinências que são adicionadas ao final dos verbos (depois que os mesmos são conjugados em um tempo verbal). A fórmula para o uso dos pronomes é: Verbo + Sujeito + Objeto.

Exemplo: Utúvienyes “eu a encontrei” (ing. “I have found it”) é formado por utúvië “tenho encontrado” + -nyë “eu” + -s “isto”.

Quando somente o sujeito aparece como desinência, ela pode ser encurtada: -nyë “eu” vira -n e -lyë “tu” vira -l. Ou seja, vilin e vilinyë significam a mesma coisa, “eu vôo”.

Contudo, o objeto é sempre apresentado na forma curta: tultuvanyel “eu te chamarei” é correto, mas **tultuvanyelyë é incorreto!

Também, as desinências pronominais modificam a forma do aoristo, exatamente como se você estivesse adicionando a desinência plural: matë ? matin “eu como”.

Em c. 1968, sabemos que Tolkien considerava -l(yë) a desinência da 2ª. p.sg. formal, polida, o que na maior parte do Brasil seria a função do “tu”. Enquanto isso, -t(yë) seria a forma familiar, coloquial; o equivalente ao “você”, na maior parte do Brasil.


Como uma nota pessoal, quando eu mesmo estava estudando o Curso de Quenya comecei a fazer traduções fora dos exercícios após esta lição. De forma nenhuma essas traduções eram exemplares ou bonitas de se ler, mas me ajudaram a acelerar o processo de aprendizado consideravelmente. Caso você queira fazer o mesmo, eu sugiro que faça a tradução e envie-a para revisão nos tópidos Textos em Quenya ou Dúvidas de Quenya AQUI! no Fórum Valinor. Eu leio o fórum e, na medida do possível, respondo às dúvidas do pessoal.

Resumo do Curso de Quenya: Lição 7

Futuro

As formas futuras do Quenya são escritas desta maneira:

  • Verbos primários adicionam -uva ao fim do radical: hir- “encontrar” ? hiruva;
  • Radicais A retiram o -a final do radical e adicionam -uva: linda- “escutar” ? linduva

O único verbo que poderia ser considerado irregular é quat- “encher”, que formaria o futuro quantuva, por infixação nasal. Contudo, é possível que Tolkien tenha mudado a forma verbal e não se lembrou que já tinha publicado o verbo *quanta- em O Senhor dos Anéis (SdA p. 394).

Aoristo

Há duas definições aparentemente conflitantes do aoristo:

  • Helge Fauskanger diz: “pode ser usado para expressar ‘verdades universais'” (p. 130) e que “não pode descrever qualquer ‘verdade universal’ que transcende o tempo” (p. 131) tendo em vista os exemplos que possuímos se aplicam a coisas que acontecem no presente da obra, e não no passado;
  • Carl Hostetter diz: o aoristo é usado para descrever uma ação “pontual, habitual, ou de outra forma atemporal” (VT41:15).

Até o fim deste curso iremos pressupor que o Helge está correto. É a diferença semântica que mencionei na lição 5.

  • Verbos primários adicionam ao fim do radical no singular e -ir no plural;
  • Radicais A mantém sua raiz intacta e adicionam -r para o plural.
Tipo de Verbo Exemplo Singular Plural Dual
Primario mat- “comer” matë matir matit
Radical A linda- “cantar” linda lindar lindat

Não parecem haver formas irregulares no aoristo.

Resumo do Curso de Quenya: Lição 6

Pretérito

O pretérito dos verbos do Quenya é formado da seguinte forma:

Tipo de Verbo Exemplo Singular Plural Dual
Primário (1) tam- “bater” tamnë tamner tamnet
  tir- “observar” tirnë tirner tirnet
Primário (2) mat- “comer” mantë manter mantet
  top- “cobrir” tompë tomper tompet
  tac- “atar, unir, ligar” tancë tancer tancet
Primário (3) vil- “voar” villë viller villet
Radicais A orta- “erguer” ortanë ortaner ortanet

Uma breve explicação sobre os tipos diferentes de verbos primários:

  • Primário 1 — Terminam em -m e -r e apenas acionam -në para formar o pretérito;
  • Primário 2 — Terminam em oclusivas surdas (t, p, c [=k]) e sofrem infixação nasal (ver p. 116);
  • Primário 3 — Terminam em -l e duplicam o mesmo para formar seu pretérito.

Existe uma excessão nos Primários (1): Nos verbos rer- “semear”, hyar- “fender, partir”, ser- “descansar” e mir- “pressionar, empurrar, forçar” o pretérito é formado por infixação nasal com o antigo -d final, formando os pretéritos rendë, hyandë, sendë e mindë.

Os verbos que terminam em -v parecem formar o pretérito alongando a vogal raiz e adicionando apenas no final. Ex: lav- “lamber” ? lávë. Isto parece ocorrer também nos verbos ohtacar- “fazer guerra” e tul- “vir”, com os pretéritos ohtacárë, túlë.

Atenção especial ao pretérito do verbo auta- “passar”, que é oante ao invés de **autanë. Contudo, antanë é o pretérito dado por Tolkien para o verbo anta- “dar”.


De maneira geral, esta deve ser uma das mais confusas dentre as 10 primeiras lições do Curso de Quenya, devido a alta exposição do estudante a versões conflitantes do pretérito. É claro, Tolkien não tinha intenção de ensinar possíveis falantes de Quenya, mas o Helge tem. Gostaria de saber a opinião de vocês: Vocês se sentiram confortáveis com a maneira que essa lição do CdQ foi escrita?

Resumo do Curso de Quenya: Lição 5

O Verbo

Os verbos são palavras que indicam ações. No Quenya, o verbo possui dois tipos de estruturas básicas:

  • Verbos primários — Verbos monossilábicos que representam uma raiz primitiva, sem alterações: tul- “vir, chegar” < vTUL “chegar, aproximar, avançar”;
  • Verbos derivados (radicais A) — verbos criados a partir da adição das desinências -ya, -ta, -na ou -a a uma raiz primitiva: tulta- “mandar buscar/vir, invocar, trazer” < vTUL.

Uma explicação mais detalhada da mudança de sentido que as desinências oferecem pode ser encontrada na p. 398 do Curso, embora não seja necessário para a compreensão desta lição.

Os verbos do Quenya são conjugados nos tempos: presente (contínuo), pretérito, futuro, aoristo, perfeito e infinitivo, além do gerúndio. Novamente, se você foi mal em português no colégio, como eu fui, então é uma boa idéia prestar atenção na explicação do Helge de cada um. Atenção especial à sub-seção “O Sujeito e o Objeto” nas p. 106-7.

O tempo presente no Quenya funciona geralmente como o present continuous tense do inglês, ou seja, Elda máta massa significa normalmente “um elfo está comendo pão”, no sentido de que um elfo neste momento está executando essa ação. A distinção semântica é necessária para compreender mais tarde o tempo aoristo.

Os verbos do Quenya concordam em número com os seus sujeitos (os substantivos que os verbos descrevem). Não se sabe se há uma forma especial plural para os verbos se os seus sujeitos estão no dual, portanto use o plural normal por enquanto. O verbo pode receber a desinência dual -t quando for necessário.

Tipo de Verbo Exemplo Singular Plural Dual
Primário mat- “comer” máta mátar mátat
Radical A (1) pusta- “parar” pustëa pustëar pustëat
Radical A (2) ora- “impelir” órëa órëar órëat

Note que a diferença entre Radical A (1) e (2) é o encontro consonantal: uma vogal no Quenya não pode ser longa se ocorrer antes de um encontro consonantal. Isso vale para mais do que só verbos.

O Superlativo

Quando é necessário fazer uma comparação entre duas coisas ou pessoas no Quenya, há duas formas possíveis de fazê-lo:

  • O superlativo
  • A fórmula “A ná calima lá B”

Essa última fórmula é discutida na Lição 18 (p. 319). Já o superlativo é discutido aqui mesmo.

O superlativo do Quenya é formado ao adicionar o prefixo an- a um adjetivo. Por exemplo o adjetivo calima “brilhante” tem o seu superlativo ancalima “mais brilhante”. Na frase Aiya Eärendil elenion ancalima! “Salve Eärendil, a mais brilhante entre as estrelas” o uso do superlativo fica evidente.

Todos os superlativos são formados ao apenas adicionar an- como um prefixo ao adjetivo, a não ser que o adjetivo inicie em:

  • l-. Ex: an- + lauca “aquecido” ? allauca
  • r-. Ex: an- + ringa “frio” ? arringa
  • s-. Ex: an- + sarda “duro” ? assarda
  • m-. Ex: an- + moina “querido” ? ammoina

Só gostaria de fazer uma pequena observação: As vezes acho que estou fazendo o resumo muito subjetivo ou alongado, explicando ao invés de resumir o conteúdo. Se alguém também sente o mesmo, sinta-se a vontade para sugerir melhoras em qualquer tópico deste blog.

Resumo do Curso de Quenya: Lição 4

Adjetivos

Os adjetivos do Quenya podem estar em duas posições na frase, sem comprometer o sentido da mesma:

  • Antes do substantivo (o mais comum). Ex: luini tellumar, lit. “azuis abóbadas”;
  • Depois do substantivo. Ex: anar púrëa lit. “sol ofuscado”.

Os adjetivos também concordam em número com o substantivo (mas não em gênero).

Por fim, os plurais são formados da seguinte forma:

Singular Plural Exemplo
-a alta “grande” ? altë “grandes”
-ëa -ië úmëa “mau” ? úmië “maus”
-i carnë “vermelho” ? carni “vermelhos”
-in *-ini¹ firin “morto” ? firini “mortos”

1. O final *-ini é extrapolado, nunca tivemos um exemplo que indicasse o verdadeiro plural dos adjetivos terminados em -in.

Verbo de Ligação

O verbo de ligação nada mais é do que o infame “verb to be” do inglês, que em português é representado por dois verbos diferentes: ser e estar. Ele une substantivos e adjetivos (i parma ná carnë “o livro é vermelho”), e também pode ser utilizado para comparar dois substantivos (parmar nar nár engwi “os livros são objetos”). As formas desse verbo no presente são:

  • — singular: “é, está”;
  • Nar Nár — plural: “são, estão”. Nota: No VT49 nár aparece, junto a várias outras formas do verbo ser/estar; por isso recomendo o uso desta palavra com a vogal longa.

O verbo de ligação geralmente está entre as duas palavras que ele une ou compara, mas pode estar após as mesmas ou até mesmo omitido, sem causar mudança no sentido da frase. Ex:

  • Feanáro ná Noldo;
  • Feanáro Noldo ná;
  • Feanáro Noldo.

resultarão em frases de mesmo sentido: “Fëanor é um Noldo”. Contudo, no último exemplo a frase também pode ser compreendida como “Fëanor, o Noldo”, então é necessário utilizar essa flexibilidade para a melhor compreensão da frase.