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Usando o possessivo como meio para associar um substantivo ao outro

Na discussão sobre a qual fiz alusão em um post anterior surgiu uma bela ferramenta para quem ainda está tendo problemas em compreender o caso possessivo-adjetivo na forma de uma dica do Thorsten Renk:

Tente traduzir o possessivo como “associado com” — então lambe Eldaiva é “a língua associada com os elfos”, Taurë Huinéva é “a floresta associada com as trevas”, Nurtalë Valinóreva é “o ocultamento associado a Valinor” e laman Ranaewendeva é “o animal associado com Ranaewen”…

Você pode ver mais sobre o caso possessivo-adjetivo no Curso de Quenya e uma breve passagem no meu resumo.

Conotações malignas

Uma dica interessante vinda de uma discussão na Elfling. Dia 6 de junho, C.L.H. Harding enviou uma mensagem perguntando qual seria a melhor forma de traduzir “Os Desapropriados”, um título para a Casa de Fëanor, para a língua mãe deles, o Quenya. Suas traduções seriam Úharyana e Alaharya.

No centro dessa questão estão dois prefixos: tanto ú- e al(a)- têm função negativa. Como escolher entre um e outro?

Uma dica do Helge Fauskanger: “O prefixo ú- expressa mais do que mera negação, ele muitas vezes tem uma conotação maligna.” Com base nisso, ele sugere Úharyalar.

Eu sugiro a leitura das outras mensagens daquela discussão àqueles que gostariam de mais informações. Você pode encontrá-las neste link.

Subjuntivo e condicional em Quenya

Algumas informações interessantes sobre o subjuntivo e o condicional que apareceram na Elfling desde a última postagem aqui. Antes de tudo, vale notar que em português brasileiro o tempo condicional é o futuro do pretérito, sendo o modo subjuntivo algo diferente. Já em inglês o modo subjuntivo é também chamado de modo condicional. O uso um tanto intercambiável dos termos nas mensagens abaixo é melhor compreendido com essa informação em mãos.

Após uma conversa com o meu caro Gabriel Brum, achamos melhor resumir da seguinte forma: A terminologia verbal abaixo se refere ao inglês, não aos tempos e modos que possuem o mesmo nome em português.

Vamos às mensagens:

B.P. Jonsson apontou, como eu já havia dito, que nauva serve tanto para “será” quanto para “seria”, de acordo com VT42:34. Em sua opinião, uma pessoa que queira expressar a palavra inglesa would deveria utilizar a desinência -uva.

Portanto o futuro no Quenya pode ser tentativamente usado em um sentido geral irrealis. Isto obviamente cria uma situação complexa, que é a questão se -uva pode ser adicionado à raiz do pretérito para formar um futuro-no-passado. Mesmo que não se queira ser tão temerário, o futuro parece a melhor forma neste momento de expressar “would”.

Petri Tikka lembrou das duas ocasiões onde o subjuntivo é atestado em Quenya. A primeira é em erenekkoitanie “que ele possa despertá-los” em VT14:5, no poema “The Elves of Koivienéni”, referindo-se a Oromë que viria para despertar os elfos no local que conhecemos como Cuiviénen n’O Silmarillion. Eren– seria “ele-eles” (é, é confuso assim mesmo), e ekkoitanie “tendo acordado”, de acordo com a análise de Christopher Gilson e Patrick Wynne.

A outra ocasião é em ullier “deveriam verter”, no fragmento de Lowdham de SD:246-7. O texto conta a história da Queda de Númenor, e esta palavra se refere a Númenor sendo engolida pelo mar: eari ullier ikilyanna “os mares deveriam verter ao abismo”.

Tikka diz que, apesar da raridade dessa forma, ele utiliza -nie para “expressar o modo condicional”. Segundo ele, o uso dessa desinência (que aparece mascarada em ullier porque neste caso ln > ll) nos exemplos criados por Tolkien é consistente com o uso do modo condicional no finlandês.

Opinião minha: Talvez isso explique por que o Professor decidiu mudar vánier para avánier do Namárië publicado em 1954 até o da Segunda Edição. Isso evitaria alguma confusão com o condicional.

Já o elemento (Qenya ki), diz ele, serviria como uma tradução para o ing. might, mas Petri fala que lhe parece que “essa formação expressa mais incerteza do que o mero condicional. Não é traduzido com would ou mesmo should, mas sim com may ou might.”

Losse-lóme

Um pequeno projeto natalino do Petri Tikka:

Quenya

Losse-lómë tulë
Mir i milyë endali.
Losse-lómë auta
Va i sardë sámali.

Losse-lómë quilda quanta ómo poic’ alasseo,
Losse-lómë yassë lertar nainalar séressë ná.

Ar san i aurë alcaressë oia.

Inglês

Snow night comes
Into the many weak hearts.
Snow night goes away
From the many hard minds.

The silent snow night full of the sound of pure joy,
The snow night wherein the lamenting ones may be in rest.

And then the day in everlasting glory.

Português

A noite de neve vem
Para dentro de muitos corações fracos.
A noite de neve vai embora
De muitas mentes duras.

A noite de neve silenciosa cheia do som de pura alegria,
A noite de neve onde os lamentosos podem descansar.

E então o dia em glória eterna.

Compreenda a história do pronome “nós” em élfico

O estudioso Roman Raush escreveu em seu site Sindanórië um artigo chamado Sobre as diferentes formas de “nós” em Eldarin. Quem lê este blog e já estudou o Quenya deve saber que há uma certa razão para estudar as formas da 1ª pessoa do plural em específico, de forma cronológica. Para quem não estudou, eu explico:

É difícil haver um tema mais discutido na lingüística tolkieniana do que os pronomes, ainda mais entre os compositores de neo-élfico. Antes do VT49 e do PE17 havia uma falta de informação sobre o assunto, e agora há uma abundância de exemplos e tabelas. Ocorre que, como Tolkien nunca escreveu uma gramática de Quenya atualizada até o pináculo de seu desenvolvimento em 1973, fica a critério do compositor decidir que funções gramaticais ele utilizará ou não em suas obras neo-élficas.

Ademais, a 1ª pessoa do plural no Quenya é diferente da que nós encontramos no português, inglês, e outras línguas mais conhecidas. Ela possui quatro formas distintas:

Inclusiva
Ela inclui a pessoa com quem falamos. Por exemplo, quando falo de você (leitor), um grupo de amigos meus, e eu (escritor) como “nós”, estou incluindo você no nós, e portanto em Quenya eu utilizaria o “inclusivo”.
Exclusiva
Ela não inclui a pessoa com quem falamos. Quando meu grupo de amigos e eu falamos para você sobre “nós”, o nós aqui é exclusivo, pois não estamos contando você entre “nós”.
Dual inclusiva
Quando falo “nós” no sentido de “nós dois, você e eu”, note que são apenas duas pessoas, e que estou lhe incluindo. Por isso que é “dual” e “inclusivo”.
Dual exclusiva
É quando falo “nós” no sentido de “nós dois, meu amigo e eu, mas não você”. Ou seja, eu estou excluindo a pessoa com quem eu falo do “nós”, tornando-o “dual” (pois são duas pessoas no “nós”), mas desta vez ele é “exclusivo”.

Há um ano atrás era fácil encontrar um padrão para a utilização dos pronomes pessoais para composições: seguia-se o paradigma estipulado por Helge Fauskanger em seu Curso de Quenya e pronto! Mas hoje há um outro Curso de Quenya, o Quetin i Lambe Eldaiva do Thorsten Renk, que contém informações mais novas do que o Curso do Helge, mas faz uma escolha diferente em seu paradigma de pronomes pessoais. Por fim, você pode também considerar o paradigma sugerido por Carl Hostetter na Wikipédia (e reproduzido aqui), que embora não seja criado com o neo-élfico em mente, pode ser adicionado a um comparativo.

Juntos, os três paradigmas dão as seguintes sugestões para a 1ª pessoa do plural:

Tabela 1: Comparação entre paradigmas da 1ª pessoa do plural em Quenya tardio.
Fauskanger Renk Hostetter
Inclusivo -lvë -lmë -lvë/-lwë
Exclusivo -lmë -mmë -lmë
Dual inclusivo -mmë -lvë/-ngwë -ngwe/-ince/-inque
Dual exclusivo -mmë

Como vocês podem ver, os três paradigmas concordam em alguns pontos e discordam em outros quase de forma aleatória, aos olhos de alguém que, ao contrário de Roman Rausch, não leu as fontes primárias dessas formas. Mas através do artigo do estudioso alemão, é possível ver os motivos por trás da escolha de cada um dos paradigmas:

  • Fauskanger, com menos fontes para trabalhar, preferiu as formas mais tardias conhecidas até o momento em que compôs o seu Curso. Contudo, na página 227 dele, você pode ler que o próprio Fauskanger utilizava um sistema parecido com o de Renk. No fim das contas ele utilizou uma tabela deduzida com os valores pós-1965 (quando a Segunda Edição do SdA foi publicada, onde omentielmo virou omentielvo).
  • Renk, com mais material para trabalhar, decidiu por uma tabela alternativa: ao invés de utilizar os valores de 1965, agora disponíveis, ele utilizou um paradigma anterior, que coincide com a primeira edição do SdA. As razões eu escrevo abaixo.
  • Hostetter, creio eu, nunca teve a intenção de que o seu resumo se tornasse um paradigma a ser utilizado. Portanto, ele apenas fez um agregado de tabelas pós-1965, com informações que Fauskanger não tinha quando escreveu o seu Curso.

Quanto ao raciocínio de Renk? Ele provavelmente é fundado em dois fatores:

  1. No Louvor de Cormallen, os soldados falam a palavra laituvalmet, que manteve-se dessa forma nas duas edições do SdA. Na Primeira Edição, os soldados dirigiam-se a si próprios, incluindo todos os soldados entre aqueles que longamente louvarão os dois Hobbits. Na Segunda Edição eles se dirigem aos Hobbits, dizendo que “longamente louvaremos vocês dois”, excluindo Frodo e Sam do “nós”. Portanto o sentido é uma questão de interpretação.
  2. Na mais lembrada omentielmo/omentielvo, no ensaio de 1960 “Quendi and Eldar”, quando -lme ainda era uma forma inclusiva, Tolkien deixa explícito que a palavra omentië é utilizada para encontros entre dois grupos, enquanto yomenië é utilizado para encontros entre três ou mais grupos. Portanto, ao manter -lva como dual a frase ainda faz sentido, pois o grupo dos Hobbits e o grupo dos Elfos formam dois grupos; desta forma é possível utilizar a forma dual de “nós”.

Agora que expliquei sobre os paradigmas do neo-élfico, fica a questão: e Tolkien?

Através do artigo é possível ver, como diz Rausch, que Tolkien não criou a mudança no sentido das desinências do nada. A idéia do uso de me- como forma exclusiva e qe-, mais tarde *we- como formas inclusivas vêm das primeiras versões do Qenya, como as encontradas no Early Qenya Grammar.

Para os que se interessam pelo estudo, um ensaio comparativo cronológico assim nunca foi feito sobre o assunto. Para os que se interessam por compor, é mais um aviso de que o material mais antigo pode trazer informações interessantes sobre as idéias do Professor.

Negação em Quenya

Por Bill Welden
Texto de Tolkien ©2001 The Tolkien Trust
Publicado originalmente no jornal Vinyar Tengwar 42, pp. 32–4.
Traduzido com permissão do autor, do editor e da Tolkien Trust.

“Q. ‘sim’” – J.R.R. Tolkien, lista de vocabulário não-publicada, c. 1960 d.C.
“Q. ‘não’” – J.R.R. Tolkien, ensaio tardio não-publicado, c. 1970 d.C.
“Não peça conselhos aos elfos, pois eles dirão ao mesmo tempo não e sim” – Frodo Bolseiro, 3018 T.E.

As versões iniciais das línguas élficas tinham duas raízes distintas para a negação. Sua função distintiva é mais bem descrita no “Gnomish Lexicon” (LNG:50):

(1) il- (ul-) denota o oposto, o reverso, i.e. mais que a mera negação.
(2) u- (uv-, um-, un-) denota mera negação.

Tolkien não estava completamente satisfeito com qualquer uma dessas raízes, embora por diferentes razões. Com a raiz em √l, melhor representada pela palavra tardia , o problema era com o excesso de palavras aparentemente relacionadas, mas semanticamente distantes. Tolkien escreveu possivelmente logo após a publicação de O Senhor dos Anéis:

* Apague √ba(n) “ir”. (Para este sentido Quenya, o radical Sindarin é √men.)
** Apague √al / la “não”. Muito inadequado, al, la já têm muito o que fazer.

Substitua: Negação. Negação do Eldarin primitivo se dividia em: 1) recusa e comando negativo (futuro); e 2) negação de fato (passado e presente estabelecido).

1) √aba, ba – distinto de awa, wa “distante”
2) √u, ?ugu – originalmente expressando privação

Entre as coisas que al, la tinham “muito o que fazer” estavam os vários derivativos das bases em GAL-, como em alta “luminosidade”, alya “próspero” e alasse “alegria”. Além disso, “além” foi usada em comparação, como em “A (ná) kalima lá B, ‘A é brilhante além de B’ = ‘A é mais brilhante que B'”, de um ensaio não-publicado sobre comparação (outra palavra usada nesse papel em um momento diferente foi epe “após”).

Tendo decidido isso, Tolkien podia agora usar al, la, etc. para funções mais próximas em significado ao grupo positivo de “luminosidade”, “próspero”, “alegria”, etc. e a seguinte entrada aparece em uma lista de raízes e derivativos datada de dezembro de 1959:

√la interjeição de prazer/assentimento. Portanto Q. “sim”, possivelmente relacionado com √ala “bom”.

Esse sistema, onde as raízes negativas eram apenas √aba e √ū, persistiu por muitos anos. Então, em um ensaio muito tardio (dos últimos anos de sua vida), Tolkien revisitou essa questão:

û não servirá. Não é necessário evitar a todo custo similaridades com línguas européias conhecidas — o Eldarin foi deliberadamente desenvolvido para ser similar a elas em estilo — mas aqui a semelhança tanto com o grego ου (fon. û) ou com o não-relacionado nórdico ú, como um prefixo, é muito próxima.

ú deve permanecer, mas com o sentido de “mau, desconfortável, difícil” – similar ao IE *dus, grego dus-, germânico tuz- (tor-). Isso deixa únótima no Lamento de Galadriel correto, com o sentido de “difícil/impossível de contar” […] Mas úchebin no linnod de Gilraen não se encaixará tão bem. Deve-se presumir que o Sindarin ú era usado como um prefixo verbal e também como adjetivo, com o significado intensificado a “impossível” para que se aproximasse de uma negação. A nuance permanecerá importante. úchebin não significará “eu não guardo”, mas “eu não posso guardar”.

A solução foi reintroduzir vala como uma raiz negativa:

A alternativa sugerida lá, la, ala seria conveniente, e o fato que ela aparece no semítico não seria uma objeção. Adoto isto […] ala como um prefixo, reduzido para al- antes de uma vogal, ou por síncope quando houver contato do l com uma consoante posterior apropriada; como negação enfatizada “não”, e la não-enfatizada. A última também era usada como prefixo negativo antes de alguns adjetivos verbais […]

Essa raiz não deve formar um verbo negativo ou receber afixos pronominais, a não ser que o verbo não seja expresso. Nesse caso lanye e outras formas verbalizadas similares tornam-se equivalentes ao inglês “I don’t” ou “I’m not“, etc. […] Nota: o não expressa diferença entre tempos verbais, normalmente desnecessários: o tempo de mais um afixo pronominal é sempre aquele do verbo anterior, agora negativado.

Um rascunho prévio desse ensaio fornece vários exemplos interessantes:

la navin karitalya(s) mára “eu não lhe aconselho que você faça isso”, literalmente “eu não julgo ser bom você fazê-lo [ing. I don’t judge your doing (it) good]”. lakare “não-fazer, inação” (geral). Não fazer nada em um caso específico não é expresso por um prefixo, já que a negação normalmente é enfatizada; portanto lá karita i hamil mára alasaila (ná) “não fazer (neste caso) o que você julga bom (seria) insensato [N.T. não-sábio]”. O Quenya não precisa de verbo antes de alasaila, mas pode adicionar “é”1. O inglês normalmente diz “would be” porque a expressão toda é equivalente a “if you think this action right, it would be unwise not to take it [N.T. se você pensa que esta ação é certa, seria insensato não executá-la]” e porque é claramente um conselho que se tornará uma ação, ou não, no futuro. Se essa incerteza for enfatizada, o Quenya poderá dizer nauva “será”. Incerteza no conselho deve ser expressa de outra forma em inglês e Quenya: “not doing this would be (I think) unwise [N.T. não fazer isto seria (eu acho) insensato]”, ou “not doing this may be/prove unwise [N.T. não fazer isto pode ser/mostrar-se insensato]”; lá karitas, navin, alasaila na ou lá karitas alasaila ké nauva. […]2

Note que, embora um derivativo verbal, tais formações como lakare são substantivos e não “infinitivos”; elas não podem reger um objeto mais do que a palavra inglesa “inação”. Para expressar o conselho em termos “aoristos” gerais deve-se usar o negativo separado: alasaila ná lá kare tai mo nave (ou navilwe) mára “é insensato não fazer o que alguém julga (ou nós julguemos) bom”.3

Essas mudanças exibem um padrão comum no desenvolvimento do Quenya por Tolkien. Ele identificava uma área com a qual estava insatisfeito e então elaborava uma ou mais soluções detalhadamente, freqüentemente em um registro de autoridade; embora o conceito completo pudesse ser rejeitado na página seguinte.

Na verdade, as línguas élficas estavam continuamente em fluxo enquanto Tolkien tentava uma abordagem atrás da outra para solucionar as dúzias de problemas que elas apresentavam. É possível imaginar que, como seu alter-ego Cisco, Tolkien achava suas línguas sempre tanto “completamente insatisfatórias e, ainda assim, muito adoráveis”; sempre prendendo sua atenção, porém sempre inacabadas. Assim, a questão sobre se uma palavra ou construção gramatical era “Quenya correto” torna-se, paradoxalmente, mais incerta quanto mais aprendemos sobre como Tolkien trabalhava.

Os elfos, é claro, têm a resposta; mas como agora sabemos, elas podem ser bem concisas e ainda dizer tanto “sim” quanto “não”.


1 A palavra original para “julgar” em todos esses exemplos era neme, corrigida para hame e finalmente para nave em todos os casos exceto este. Uma nota marginal fornece √ndab“julgar”.

2 A palavra ke é uma partícula que indica incerteza. Em outro lugar neste documento ela foi corrigida para “kwí (ou kwíta)”.

3 No final da página Tolkien adicionou “mo pronome pessoal indefinido ‘alguém’ ; ma pronome pessoal neutro ‘algo, uma coisa'”.

Nota do tradutor: Gostaria de deixar um agradecimento especial ao Gabriel Brum pela revisão.

Algumas palavras interessantes do PE17

Estou em casa doente hoje e resolvi dar uma olhada na lista de palavras do PE17 lançada pelo Petri Tikka, que mencionei na última mensagem. Algumas delas me chamaram a atenção:

  • Alamen é uma nova despedida. Alámen é o imperativo dela, e tem o mesmo sentido de namárië.
  • Alla! é uma saudação do tipo “salve!” ou “bem-vindo!” O nosso velho conhecido Aiya! é de uso exclusivo quando estamos nos dirigindo “a grandes pessoas ou seres santos como os Valar, ou a Eärendil”.
  • Arta é o advérbio “etcetera”!
  • “Espada de duas mãos”, meus caros RPGistas, é atamaite macil.
  • Possivelmente o cognato do Sindarin Elrond em Quenya é Elerondo.
  • Hruo é “troll”.
  • “Jornada” é lenda? Influência do espanhol aqui?
  • Lindimaitar é “compositor (de músicas)”. Nyarnamaitar “escritor (de contos épicos)”. Ondomaitar “escultor (em pedra)”. Ontamo “maçon”.
  • Lúnaturco é o cognato em Quenya de Barad-dûr? Esta eu não esperava!
  • #Sam- “ter”. Pen- “não ter”. Interessante esse uso dos verbos.
  • Pia “pequeno” parece ser uma opção muito melhor para compostos do que pitya.